
O herpes-zóster é causado por um vírus chamado Varicela-zóster, e não deve ser confundido com o herpes simples que acomete a boca e os genitais e é causado por outro vírus. Esse vírus é adquirido quando pegamos catapora; ele fica latente em gânglios nervosos. Quando há situação de fragilidade imunológica, como estresse, exposição solar intensa, imunossupressão, doenças, ou em idosos, o vírus, que estava “adormecido”, reativa-se e se manifesta com lesões na pele. Surgem vesículas (pequenas bolhas de água) agrupadas e vermelhidão no local, seguindo o trajeto do nervo acometido, as quais não ultrapassam a linha média corporal, ou seja, aparecem apenas em um lado do corpo. Muitas vezes a dor, a ardência e o aumento de sensibilidade nesse trajeto neural podem surgir antes das lesões de pele. É mais comum no tronco e na face, mas pode acometer qualquer região corporal. Acomete de 0,5-1% da população, sendo 75% dos casos em pessoas acima de 50 anos. Apenas 2% dos acometidos podem apresentar um segundo episódio.
O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível e é importante para encurtar o tempo de doença e evitar complicações como a dor crônica, que pode persistir mesmo após a resolução total das lesões.
O tratamento é realizado com antivirais em doses mais altas que nos casos de herpes simples, além de analgésicos e medicações tópicas.
A vacina anti-herpes-zóster é indicada a partir dos 60 anos. Pode não prevenir totalmente o aparecimento da doença, mas diminui muito a incidência e atenua os sintomas.
Texto: Dra. Thaís de Paula A. Mesquita
Dermatologista
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